Fotovoltaica lidera entre as fontes de geração instaladas no mundo em 2019 e cresce 1.400% na década

Segundo estudo da BNEF, energia solar avançou de 43,7 gigawatts (GW) para 651 GW entre 2010 e 2019

A energia fotovoltaica foi a fonte de geração que mais cresceu em 2019: em todo o mundo, foram adicionados 119 gigawatts de capacidade de solar, o equivalente a 45% da geração de energia nova. Juntas, as fontes solar e eólica atingiram 67% da capacidade de energia elétrica adicionada globalmente no ano passado. Em 2010, essas duas fontes representavam menos de 25% do total.

Entre os anos de 2010 e 2019, a energia fotovoltaica avançou 1.400%, saltando de 43,7 GW para 651 GW no final de 2019. Em percentuais, a fonte solar foi responsável por 2,7% da eletricidade gerada no mundo, vindo de 0,16% no início da década. No mesmo período, a solar ultrapassou a eólica e se tornou a quarta maior fonte de energia elétrica em operação no mundo, atrás apenas do carvão (2.089 GW), do gás (1.812 GW) e da hídrica (1.160 GW).

Os dados fazem parte do estudo Power Transition Trends 2020, relatório e ferramenta online da BloombergNEF (BNEF), divisão da Bloomberg que acompanha dados detalhados sobre geração de energia e capacidade instalada. As informações cobrem 138 países e, em separado, a BNEF acompanha diariamente a produção de energia em 25 dos maiores mercados do mundo.

Considerando o baixo custo da tecnologia e a penetração ainda limitada em termos de geração, a expectativa da BNEF é que o mercado para a energia solar continue a crescer, com 140 GW a 177 GW de capacidade adicionada em 2022.

Os dados deixam claro que há uma transição energética em curso: incluindo as hidrelétricas, as energias renováveis já compõem três quartos da capacidade de geração instalada em 2019. Embora energias fósseis como o carvão ainda tenham forte presença global, entre 2018 e 2019, a energia gerada a partir do carvão caiu 3%, mesmo com mais usinas entrando em operação.

O avanço das renováveis está em curso desde 2015 e atinge também os países emergentes: na primeira metade da década passada, as usinas de geração solar e eólica estavam concentradas nos países mais riscos, mas o cenário mudou recentemente. De acordo com Luiza Demôro, analista da BNEF e principal autora do estudo, as fontes eólica e solar vinham sendo mais adicionadas a cada ano, mas de forma concentrada em alguns mercados, como China, EUA e países europeus.

“A partir de 2016, os países emergentes começaram a adicionar mais capacidade de renováveis. O ano de 2019 representou um ponto de inflexão, pois um terço do mundo escolheu a solar como principal fonte de energia nova” afirma a analista.

Essa expansão foi fruto das quedas significativas nos preços dos equipamentos que compõem os sistemas fotovoltaicos, tanto em usinas de grande porte quanto nas pequenas, voltadas à geração distribuída (GD), e também de políticas públicas voltadas a incentivar as fontes renováveis, como subsídios e leilões de energia limpa, que ajudaram a reduzir o custo de geração dessas fontes.

Embora não faça parte do grupo de dez países que instalarem mais capacidade fotovoltaica no último ano, liderados por China, Índia e EUA, o Brasil acompanha a tendência global. De acordo com Luiza, da BNEF, o Brasil sempre é destaque em termos de matriz limpa e o setor solar tem avançado rapidamente nos últimos anos. “O mercado acordou para a energia solar, e isso aconteceu porque o preço se tornou competitivo”, diz.

Com base em dados preliminares coletados em 2020, a ferramenta da BNEF estima que a retração nas economias causada pela pandemia da Covid-19 tem efeito na geração global total de energia, na produção a carvão e nas emissões de gases de efeito estufa do setor de energia, que devem cair em 2020. “As respostas de emergência à Covid-19 retardaram as economias e reduziram a demanda de eletricidade em pelo menos 20 dos principais países em comparação com os cenário-padrão, projetados pela BNEF”, diz o documento.

Fonte: www.portalsolar.com.br veja mais no site.

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