Implementação do preço-horário deve gerar oportunidades para fonte solar e sistemas de armazenamento

Medida é vista como essencial para a modernização do setor no País

A implementação do preço-horário, que entra em vigor em janeiro de 2021 no ambiente de contratação livre (ACL), deverá gerar oportunidades para serviços e produtos no mercado de energia, incluindo sistemas de geração solar e de armazenamento de energia, avaliam especialistas. Medida é vista como essencial para a modernização do setor. “A geração solar oferece uma solução para aliviar os momentos de maior demanda. É provável que o preço horário valorize ainda mais a fonte”, disse presidente-executivo da Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia, durante webinar promovido pela entidade. 

Ele destacou que os projetos fotovoltaicos têm ganhado espaço no mercado livre em 2020 e isso tende a aumentar nos próximos anos. O dirigente também explicou que, com a energia sendo precificada conforme a demanda, o valor mais alto será no momento de maior atividade do comércio, indústria e uso residencial. “O pico da demanda é às 15h, justamente um momento em que a geração solar está em alta.”

Na mesma transmissão, o gerente executivo de preços da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Rodrigo Sacchi, disse que o desafio do mercado será conciliar diferentes perfis de geração e de consumo e que isso criará oportunidades para novos produtos e serviços. “Isso inclui, por exemplo, o armazenamento de energia e os veículos elétricos. Ainda não é a realidade do país, mas é algo que em alguns anos poderá ser massificado. O carro elétrico também é uma forma de armazenamento.”

“Contratos, soluções tecnológicas e instrumentos financeiros também podem ser aplicados. Poderão surgir outros arranjos, que já são utilizados em outros países, e outros mecanismos que ainda nem são conhecidos”, assinalou Sacchi. 

A vice-presidente do conselho de administração da CCEE, Talita Porto, contou que a câmara está estudando possíveis cenário para a aplicação do preço-horário dentro da ampliação do mercado livre para consumidores de tensões mais baixas. “Acredito que o que será visto a partir do ano que vem poderá servir de exemplo para o mercado cativo. A entrada do preço horário é fundamental para a modernização do setor.”

Sacchi entende que o consumidor de baixa tensão irá alterar seu comportamento à medida que o mercado livre for ampliado. “Também pode ocorrer no mercado cativo, já existe a tarifa branca, embora seja um instrumento ainda tímido comparada a dinâmica do preço-horário. Se a regulação evoluir e chagar ao consumidor cativo, ele terá que responder mudando de comportamento ou lançando mão de algum mecanismo.”

Sauaia apontou que, no estado da Califórnia, nos EUA, o consumidor de baixa tensão paga o preço-horário e isso foi um enorme incentivo para a fonte solar. “Nesse sentido, a ABSOLAR é favorável a aplicação da medida na baixa tensão. Mas não a tarifa branca, com o preço mais caro durante à noite, o que não captura de forma adequada o sinal de preço conforme a realidade da matriz brasileira.”

Fonte: www.portalsolar.com.br veja mais no site.

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