Cresce segmento de energia solar no Brasil

Gervano Pereira relata que o setor vem se recuperando por conta da flexibilização das medidas de restrição e melhora do cenário pandêmico.

O cenário de 2020, protagonizado pela pandemia do coronavírus, contará com o crescimento de pequena parcela dos setores da economia brasileira. Um desses segmentos consiste na energia solar. Essas questões foram apontadas durante o programa ABSOLAR Inside por meio da fala Gervano Pereira, gerente de vendas para utility scale da Jinko Solar. “Tenho convicção que o setor fotovoltaico será um dos poucos que irão crescer em 2020. Será menor do que o projetado, mas ainda assim o resultado final será positivo”, afirma.

Além disso, o executivo ressalta esse crescimento. “Com a melhora do cenário da pandemia e a redução das medidas de restrições, o segmento vem demonstrado uma forte retomada nos últimos meses”. Pereira também relatou a paralisação da indústria de energia solar a partir da metade de março, que marcou o início dos reflexos mais graves da COVID-19 no Brasil. “Houve retração das demandas e afetou as importações e a expansão do mercado. Era previsto um crescimento de 250% a 300% na geração distribuída, na comparação com 2019”, enuncia.

“A geração centralizada também foi impactada, mas não da mesma forma que a geração distribuída”, completa o gerente. Ele elucida que o maior tempo de planejamento dos projetos de grande escala faz com que o setor se mantenha ativo durante esse período, porém de modo mais lento. Também salienta que a oferta de equipamentos sofreu por conta da desvalorização da moeda brasileira diante do alto valor do dólar.

Segundo Pereira, devido ao capital pulverizado do mercado de energia fotovoltaica, o segmento poderá se reerguer mais rapidamente. “Os juros baixos têm atraído investimentos em energias renováveis e na geração distribuída, também contribuindo para a recuperação”.

De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a alta capacidade de recuperação do mercado de geração de energia fotovoltaica traduz a sua resiliência. “Isso também gera uma grande oportunidade desse mercado ajudar na recuperação da economia do país”, diz Sauaia durante o programa da ABSOLAR.

O presidente executivo também destaca a maior dificuldade que atravessa o setor no contexto atual. “Claro que a pandemia teve impacto no primeiro momento, dificultando especialmente a logística, mas isso foi superado rapidamente. O desafio atual tem sido manter o estoque e produtos disponíveis para conseguir acompanhar as necessidade do mercado”.

Acrescentando outros pontos, o dirigente conclui que a expectativa para o mercado de geração de energia fotovoltaica brasileiro possivelmente não será atingida. Isso porque essa se baseava em, somando os valores da geração distribuída e centralizada, 4GW de capacidade adicional. “É mais provável que chegue a um número mais módico, mas já ultrapassamos 2,3 GW adicionados, superando o ano inteiro de 2019”, conta Sauaia.

Fonte: www.portalsolar.com.br veja mais no site.

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